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Nova abordagem prevê a redução de custos na produção de imunizantes 

Uma nova vacina contra a COVID-19, desenvolvida no Laboratório de Imunologia do Instituto de Medicina Tropical (IMT) da Faculdade de Medicina da USP, demonstrou 100% de eficácia e segurança em testes realizados com camundongos. No estudo, publicado na Revista Scientific Reports, do grupo Nature, o imunizante foi conduzido com aplicação intramuscular ou subcutânea, mas também pode ser aplicado de forma intranasal. A base tecnológica prevê a redução de custos de produção e versatilidade para o desenvolvimento de vacinas contra outros vírus, como o Zika.

Para o desenvolvimento, os pesquisadores utilizaram partículas semelhantes ao vírus, que são reconhecidas pelo sistema imunológico, mas não contêm material genético. Ou seja, elas não causam a doença ou se replicam, mas ativam a produção de anticorpos, sem precisar de adjuvantes, que são os compostos necessários para a produção de grande parte dos imunizantes.

“Focamos em desenvolver ou aprimorar técnica para torna-la mais acessível e nos permitir a independência para a produção, sem perder a capacidade de induzir resposta imune protetora e segura”, conta o responsável pela pesquisa, Dr. Gustavo Cabral de Miranda, integrante do LIM 48.

 A pesquisa clínica, ou seja, o estudo desses imunizantes em humanos, será a próxima etapa no desenvolvimento do novo imunizante. Essa fase poderá ser viabilizada no futuro por meio de parcerias com outros institutos, como o InCor ou o Butantan.

 “Além do trabalho da equipe da FMUSP, a colaboração do Instituto de Ciências Biomédicas e da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP foi fundamental para ampliar as possibilidades do estudo”, concluiu o pesquisador. 

Assessoria de Comunicação e Imprensa

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