A Universidade de São Paulo (USP) foi instituída a partir do decreto do então governador Armando de Salles Oliveira, em 25 de janeiro de 1934. A historiografia registra duas versões, não-excludentes, acerca das origens e motivações para a fundação da instituição. De um lado, aponta a iniciativa como resultado de um projeto político mais amplo e de longo alcance, com vistas à recuperação, no plano nacional, da hegemonia política perdida pelas lideranças paulistas na década de 1930. De outro, localiza a gênese da criação da Universidade de São Paulo ao longo da década anterior. Por esse prisma, é vista como resultado da atuação da intelectualidade local, empenhada na criação de uma instituição universitária no Estado.

Um pouco antes, contudo, mais precisamente em 1931, a Faculdade de Medicina havia completado seu primeiro ciclo de existência e assumira um novo patamar em termos de ensino médico e produção científica com a inauguração das instalações e infraestrutura de padrão internacional cuja execução fora propiciada pelos recursos da Fundação Rockefeller. A magnitude da edificação e a importância que a faculdade havia assumido contribuíram para que a Sala da Congregação acolhesse a instalação do primeiro Conselho Universitário no ano e sua fundação. Deste modo, integrada à USP, a escola médica deixou de ser denominada “Faculdade de Medicina de São Paulo” e passou a ser designada, até os dias atuais, como “Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo”.